Cristais Hering paralisa produção: foi a notícia dos últimos dias em Blumenau. Mais um ícone da economia blumenauense que balança as pernas e, talvez, sucumba às intempéries. Afinal, é complicado imaginar que uma empresa que pára de produzir para se reestruturar possa ir muito longe. Ué, preciso ser inocente demais ou cético de menos para acreditar que uma simples redução da folha de pagamento possa salvar uma empresa com R$ 300 milhões em dívidas e dificuldades para encarar as agruras do mercado atual, como concorrência chinesa, margem de lucro achatada, competitividade voraz e, agora, para piorar, a crise mundial.
Vale lembrar que a Cristais Hering exporta boa parte de sua produção e os EUA são um de seus principais mercados. Com a crise na terra do Tio Sam, sinal vermelho na fábrica blumenauense.
A loja da Rua Bahia, dizem, ficará aberta. Isso, porém, não muda muito as coisas, pois o lugar está sempre vazio. Nas vezes em que passei em frente ao local - e não foram poucas, pois nos últimos dois anos foi meu caminho da roça - não havia viva alma por ali. Pra falar a verdade, vi um ônibus de turistas certa vez. Tomara que esta lenda do empreendedorismo blumenauense saia do buraco, mas que vai ser difícil vai.